sexta-feira, 10 de junho de 2011

O QUE VEM DE BAIXO ATINGE SIM!

Tenho estimulado meus alunos a moverem-se!

Claro, o óbvio de uma educadora física é estimular que um indivíduo tenha uma vida ativa.

Não enfatizo o tipo de modalidade, ou ainda, freqüência semanal, duração ou intensidade da atividade, apenas os estimulo a moverem-se!

Pois bem, venho estudando muito e com muita curiosidade, desde a faculdade, entre outras coisas, articulações, ossos e músculos, não à toa fui monitora na disciplina de anatomia e professora da na faculdade de educação física de cinésiologia.

Observo com pesar a resistência de muitos em moverem-se e a facilidade ou a vontade constante de estarem a todo tempo encostados, sentados, deitados e assim parados. E aí cito um amigo (irmão, como ele mesmo diz ser nosso), o Fábio Freitas que 'sem movimento com dor' e completo que, o maior exemplo de rigidez, de imobilidade é o rigor mortis, a rigidez cadavérica.

Do mesmo modo, ainda citando Freitas, 'com movimento, sem dor' e assim é a vida de quem se move, daquele que ao invés de buscar a comodidade a evita a qualquer custo.

Tenho pedido insistentemente aos meus alunos, os da Ginástica Laboral, os das aulas de Pilates, aos amigos, sendetários (já que não querem ir a um studio ou uma academia) que evitem os sofás confortáveis, os balcões, muretas que servem de encostos ou os apoios em uma só perna nas filas de banco. Peço ainda para aqueles que trabalham muito tempo sentados, em frente ao computador, na cadeira de manicure, nos escritórios, consultórios, que façam uma pausa a cada 30 minutos, e que neste intervalo, mexam-se, movam as articulações.

Lendo artigos interessantíssimos, inclusive postados em nosso blog pelo prof Leon (http://quintalpilatesgh.blogspot.com), temos observado e posto em prática algumas descobertas científicas, em resumo: temos articulações muito móveis como as dos tornozelos, pés, quadris, ombros e outras que atuam para estabilizar, como as dos joelhos e as unidades vertebrais.

Quando estas articulações que são muito móveis, não cumprem sua função, o corpo esforça-se para compensar a falta de mobilidade causada por sua rigidez e outra articulação atua para que o movimento aconteça, e geralmente é uma articulação de estabilidade que sofre nesta tentativa de compensação, ou seja, se o tornozelo que deveria ser muito móvel está rígido, quem sofre é o joelho, sempre em uma lógica, onde a articulação acima e também abaixo da que está rígida sofrerá as conseqüências desta rigidez, seguindo o pensamento, se o cotovelo não se flexiona, o ombro sofrerá, como diz Silvia Gomes, se a articulação não flexiona ela empurra, se ombro for rígido a coluna cervical pagará a conta de sua ‘dureza’.

As articulações devem ter ‘jogo’ como diz a Profa Érica Verdére, elas devem ser estimuladas em todos os planos e eixos que permitem seus movimentos e em conjunto com as articulações adjacentes.

Tenho seguido e observado com bastante rigor os resultados das investigações dos amigos cientistas, afinal também sou uma, e posto em prática em minhas aulas, não somente os exercícios típicos de Pilates, mas também as orientações e descobertas destes amigos e assim, estimulo, oriento que movam suas articulações, desde as pequeninas e esquecidas falanges até as complexas como as dispostas nos cíngulos pélvico e escapular.

Portanto amigos, não reclamem de suas dores, pois ela pode ser conseqüência de sua preguiça em mover-se naturalmente, ou ainda de permitir que aquilo que foi feito para articular, entre precocemente, num estado de rigor mortis, de rigidez cadavérica, ainda que vocês tenham a falsa sensação de estarem vivos.

Boa noite amigos!

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